terça-feira, 4 de julho de 2017



 ENTENDENDO O QUE É DISPRAXIA


É uma disfunção motora neurológica que impede o cérebro de desempenhar os movimentos corretamente, ou seja, é um transtorno de aprendizagem caracterizado por uma má coordenação motora e problemas de orientação espacial.


SINTOMAS MAIS COMUNS :

  • Dificuldades em escadas,
  • Aprende a usar o banheiro mais lentamente,
  • Dificuldades no manuseio de quebra-cabeças,
  • Dificuldade em vestir-se e usar talheres nas refeições,
  • Tende a colidir ou esbarrar em objetos,
  • Pode apresentar dificuldades na localização espacial, como encontrar o caminho em prédios grandes,
  •  Na escola, apresenta dificuldades na escrita, como segurar o lápis ou posicionar as letras, planejamento do desenho e em atividades físicas


A fluência na escrita é difícil para estas crianças. Atividades de higiene podem ser difíceis, bem como vestir-se, abotoar e desabotoar, o que impacta na organização da aparência pessoal. Na vida social, a falta de coordenação motora pode inibir a criança de participar de brincadeiras com seus pares e a participação em jogos de equipe.



ALGUMAS SUGESTÕES PARA SE TRABALHAR EM SALA DE AULA


  • Permitir que o aluno encontre ferramentas para a produção da escrita que seja confortável a ele, como diferentes tipos de lápis, caneta, borracha, etc.
  • Motivar sempre o aluno a produzir uma grafia legível: disponibilizar, por exemplo, a opção de escrever em letra de forma para que seja mais confortável. Providenciar papéis com pauta, ou então permitir que ele utilize régua quando apropriado.
  • Pedir apenas a quantidade de trabalho que o aluno consiga produzir em sala de aula e no tempo apropriado. Não deixar a criança passar os recreios e horários de lanche terminando a atividade realizada em sala de aula.
  • A criança na idade escolar frustra-se em ver a má aparência de sua letra ou desenho e isto, a torna consciente de que não apresenta habilidades necessárias para tal atividade. Ao invés de reforçar esta percepção, procurar dar uma devolutiva de melhora em seu trabalho e o tanto que isso é importante.
  • Ao corrigir o trabalho de uma criança “dispráxica”, evitar marcar todos os erros que ela apresentar em seu caderno, e sim, registrar estas observações no livro de notas do professor.
  • Incentivar a apresentação oral de trabalhos ao invés de dissertação escrita.


 O ideal é a abordagem multidisciplinar, que envolve fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo,  educacional. Exercícios físicos específicos podem auxiliar o desenvolvimento da consciência corporal e o planejamento das tarefas motoras. Abordagens multissensoriais auxiliam o aprendizado da escrita. Técnicas comportamentais podem ajudar no desenvolvimento de habilidades sociais, sobretudo a comunicação não verbal..

Crianças com dispraxia podem aprender a digitar com destreza e rapidez, assim, com o uso do computador, o fracasso escolar pode ser superado, considerando que a parte cognitiva não é afetada.

Existem experiências em andamento que jogos com a tecnologia kinect possam ajudar muito, pois em alguns casos, a falta de progresso pode estar mais relacionada com a baixa auto-estima e o receio de exposição ao fracasso, assim, o treinamento com esses equipamentos tem trazido algum resultado.


  

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